ENIGMAS
Do teu sangue
Sou gota parida.
Dividida,
Enfim nascida.
Dos teus olhos,
As brumas
Verdes esfiapadas
Enfileiradas em minha íris,
Conta-gotas
De um tempo antagônico
Lapidado no pulsar de cada poro,
Na suave carícia dos cabelos do milho.
Entre as folhas secas dobradas
Em cata-ventos,
Os ventos de ventanias
Te mandaram embora
E no odor da tua pele,
O perfume do cedro orvalhado.
Estendo minhas mãos
Em conchas
Resguardando o teu nome, PAI!...
ao meu pai, Moysés, minha saudade sempre.
Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 10/08/2008
Alterado em 14/08/2009