Na batida do vento em cada grão de areia uma solidão agreste desemboca na foz do coração. No lombo ardido a sangria chove a solicitude das notas azuis de um antigo blue. Pés descalços entre passos, longa demora na dança delírio na porta agora fechada. No leito de um semi-deus, arreios caindo imensos vazios anseios de mulheres apupos e aplausos. Pé ante pé meu olhar se detem nas voadoras palavras que acompanham o teu nome. Incoerência é soluçar agora... Recostada nos muros da memória desfaleço... Ainda um impulso de beijar a tua boca distraída bebada e definitivamente minha. A mim não importa o sonho. Vagabundos sonhos soltos no vácuo pálido das paredes ou escondidos no muro dos quintais São como os dentes-de-leão que sopro ao vento, repetidamente sopro ao vento... Matizes febris na ligadura das duas luas a sua e a minha... Salientando esta distancia de sombras e escombros e raízes expostas e brocadas ouço uma música inacabada e tropeço um gesto convexo procurando teu corpo na fúria brejeira que me toma e escorre por minhas pernas no momento extato que o meu sol explode anonimante deixando-me nua diante do menino que existe dentro de você.