PELE NUA Tecem por dentro de nós Os gritos do pôr do sol Enquanto bordam as barras Dos nossos corpos, As águas profanas Que descem as corredeiras Em espumas calejadas. Dobradas para trás As veias Ardendo no toque das nossas mãos Trêmulos dedos da memória Carne rósea, Rosácea Flutuando sozinha Enquanto a noite orgânica e Côncava Reflete no celofane Dos olhos Todos os pigmentos Da nossa pele tão nua. Os risos e gargalhadas Os beijos afoitos Inflam o descompromisso Das horas Que te desvendam Enquanto arranco Com minhas mãos O suor do teu prazer!...