A noite despenca na negritude deste céu aguaceiro/cuspidela dos anjos nas vidraças por onde meu olhar navega. Estalam as heras, ramas entrelaçadas no muro escuro e soturno cascatas de águas do céu. O eco das suas palavras escorre entre os pingos da chuva enquanto voce brinca de esconde-esconde no claro escuro da minha espera. Rabisco no vidro embaçado risco um poema desenho uma carta um desabafo, meu amor em letras, será que você lê?! Será que minha canção chega aos seus ouvidos?! A chuva continua... A escuridão e a chuva fria de mãos dadas neste imenso céu negro.