A minha fome Chega até o céu da tua boca E recolhe a tua saliva Em ondas como aljôfar. A minha chuva Em tua pele nua Refrigera o teu nome Na luz azulescente de um cometa. As minhas mãos Escorrem como tinta Redesenhando a tua geografia Ardendo entre os teus pêlos Violentando a tua nudez. A minha boca te possui Num incêndio de fúria louca No mó da pedra que te esfola. O meu corpo Taciturna serpente Te enlaça e te devora No leque imenso Do teu sorriso Meu riso escorrega no teu hálito De amora.
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Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 19/11/2008
Alterado em 08/08/2009