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O SER MULHER
Ao ler um artigo sobre mulheres mastectomizadas fiquei sensibilizada com o depoimento de algumas delas. O câncer de mama ou NEOPLASIA MALIGNA, segundo estudos do Ministério da saúde é a maior causa de morte entre as mulheres. Estudos recentes mostram que uma, entre 14 mulheres, poderá desenvolver a neoplasia. A ciência ainda desconhece a causa inicial do câncer, mas existem fatores preponderantes como a herança genética, menopausa tardia, exposição à radiação ionozante, uso de fumo e álcool e outras.
A mulher portadora deste tipo de câncer tem seu emocional comprometido tornando-se cada vez mais fragilizada diante do agressor. O trauma sofrido por mulheres que tiveram a mama total ou parcialmente extirpada é tão intenso que prejudica o equilíbrio biopsicossocioespiritual, fazendo com que ela se sinta mutilada. Este sentimento leva a uma isolação total seguida de depressão cada vez mais intensa podendo levar a morte.
A readaptação destas mulheres a uma vida social, familiar e sexual depende de uma orientação durante todo o processo que se dá desde a constatação da doença até a total erradicação. A mulher mastectomizada passa a ser alvo de um tratamento terapêutico intenso, em razão das grandes perdas de pacientes no pós cirúrgico.
A necessidade deste acompanhamento fez surgirem entidades filantrópicas capacitadas a darem o suporte necessário desde o diagnostico até a total reabilitação da mulher na sociedade, isto de dá atravez de acompanhamento psicológico para aceitação do fato até a adaptação da protese removível (soutien) e finalmente a protese cirurgica para correção estética.
O apoio e presença constante do núcleo familiar durante o processo são de fundamental importância. A superação do trauma é lenta, mas a relação de afeto e amor recebidos eleva a auto-estima favorecendo a superação da tristeza pela mutilação sofrida.
Um abraço vale tanto quanto seu braço puder abraçar e a felicidade se lê no olhar. Uma mulher mastectomizada continua sendo uma mulher apenas uma parte ou um dos seios foi retirado. A essencia da mulher permanece intacta.
“... não consigo olhar no espelho e ver meu corpo assim. Tenho vontade de chorar e sinto vergonha de mim mesma. Não consigo tirar a roupa na frente do meu marido porque meu seio esquerdo foi tirado. Tem uma cicatriz. É feio. Sinto vergonha de ser diferente e não tenho vontade de fazer amor mesmo ele sendo carinhoso comigo. Me sinto feia...” V.R.C -46 anos
O câncer de mama assim como o câncer de colo de útero, é uma doença silenciosa que não escolhe cor, credo, classe social de suas vítimas. As campanhas de conscientização mostram que hoje a doença já é detectada no inicio o que favorece o tratamento e cura antes de uma intervençao cirurgica totalmente drastica. O tratamento existe e a preveção é a nossa maior defesa. Cabe a nós mulheres nos amarmos acima de qualquer preconceito e travarmos uma luta acirrada contra estes males.
SER MULHER É, ACIMA DE TUDO A ARTE DE SE AMAR ANTES DE AMAR ALGUÉM.
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Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 07/03/2009
Alterado em 05/08/2009
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