Onde se abrem as tuas asas anjo negro que me devora?! Onde?! Para onde as tuas andanças te conduziram?! Quais horizontes cálidos -agora - teus olhos descortinam? Quais ventos de ventania sopram os teus mais inconfessáveis desejos?! Meus ouvidos - ecos das tuas falanças ainda fazem o agora/instante quimérico no referver desta alquimia - "eu te preciso"! Minha boca - restos da tua saliva alimentam e saciam minha sede de ser/semente/só_mente enquanto o tempo ressonar em Lá Maior... Agoniazam as horas na boca anfíbia desta noite es_camada de cerúleo faíscar- teu silêncio é de pedra... Minha pele tinta - reverbera! Geme! Gemeduras en_tre_cor_ta_das argamassa/sal/fel/amor. Sofregas porosidades transpiram descobrindo meu lado nú - eu e as outras poesias espalhadas nos angulos das tuas mãos/asas tremulando sob o teu voo até onde a eternidade se fizer. Onde é o começo?! Onde a boca se abre e me alimenta? Onde tetas pendentes de leite branco na tua boca?! Meu leite escorre - branco/vermelho amanhã será um rio e suas duas águas Amanhã tua boca será a passagem/anjo/demonio preso em minha pele/alma entre os gorgeios de Simorg e o bater do antigo carrilhão. O tempo apenas brinca de esconde esconde entre os crivos da minha pele e as marcas da tua boca em cada canto que canta e revive o anjo que me devora!
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Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 10/06/2009
Alterado em 30/07/2009