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MIRAGEM
Nada é o que parece ser Nem estas poesias Pois o amor caminha em telhados de vidro E tem olhos de gato pardo – traiçoeiros! Tudo é uma ebulição Nada é murmúrio ao pé do ouvido Nem mesmo um desmaiar de rosas. A própria aragem, as águas, a cor da neve, Os grãos de areia no deserto – passam, muito de leve. Por que perseguir bolhas de sabão quando o sol se põe covarde? E a inconstância de uma asa de metal acaso ainda voa?! Por onde se estendem as palavras beijadas [simulacros!] que por orgulho saem das bocas?! Nada é o que parece ser Nem mesmo estas poesias.
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Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 12/07/2009
Alterado em 30/07/2009
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