Ao me despir do inverno, A minha pele de primavera Delíra ao toque e Deixa afagar a maciez Na boca leve da brisa. E já embriagada de cores se faz eterna Soprando Nos ouvidos do vento Indizíveis rimas desta cantiga Que transpira aromas Enquanto soletra o seu nome/codinome: “Coração de Vidro” E cria e recria os sentidos de cada frase Como se nós Fossemos os únicos Que escutam a música Agora que nos tornamos criaturas nuas.