As tuas mãos ainda Tão quentes Se prendem entre os meus cabelos E seus lábios Ainda percorrem a minha pele Beijando minha alma Sempre às avessas Alheia a tudo quando te sente por perto Qual Incubo Torturando meus pensamentos Ardendo minha razão em pira incandescente Florescendo as flores do mal Que me habitam os jardins mais secretos, Enredando meus sonhos Neste labirinto de palavras Sopradas na sonoridade da tua voz Sempre ecoando em meus ouvidos. Sempre abrindo a porta Neste viés de tempo no qual Sou sua... Meus olhos se fecham E o carrilhão não para de bater Trazendo as horas Que morrem na boca da noite Quando em êxtase O vejo partir.