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BONECAS DE MILHO
Antes de me levantar, tossi. Engasgada com a poeira Levantada quando voltei para mim. Depois de cada amor, me sinto mais viva e mesmo o som daquela flauta de bambu não me detém – a vida se expande assim como a minha visão das coisas que me tocam. Já não são as mesmas de ontem – amadurecem as bonecas de milho e deitam seus cabelos sobre os compromissos e sobre os sussurros do útero noturno, apenas um cochilo. É necessário abrir os olhos depois de acordar desenfileirar as vogais separando-as das consoantes sem se sentir culpada de ter vindo ao mundo. Depois, a história descansa sentada no umbral da porta enquanto homens e mulheres tecem o prazer, lambuzados de falsos orgasmos.
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Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 02/12/2009
Alterado em 02/12/2009
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