Sinto a contração do tempo como se fosse a respiração do dragão tatuado em minha pele – as vezes olho o dragão que me crava as garras e me pergunto se não teria sido melhor ter feito uma flor?!
Mas uma flor sem perfume não me dá a sensação de torpor e excitação que sempre acompanha as flores por mais simples que sejam, mas o dragão que um dia já foi carpa, e que já subiu os rios vencendo as corredeiras, fez da vida uma superação e pode respirar a minha respiração e se alimentar do meu sal e da minha inesgotável paciência
de tentar ver as coisas como elas são, e não como eu gostaria que elas fossem.