Eu estou farta de ver
o silêncio das estatuas
a pasmaceira da vida subindo as ladeiras
a mediocridade multifacetada frente às vitrines
o sabor ácido das balas
o cheiro de naftalina
o barulho das ruas
a fumaça
a tosse
o escarro
os carros.
As mulheres com seus saltos altos
os homens e suas incontestáveis gravatas
as crianças e suas bocarras - sempre abertas!
Preciso do silêncio da madrugada e
A Rua XV é palco/ribalta iluminada
e numa atmosfera fantasmagórica
os postes de ferro dançam
quando o saxofonista toca a sua música
e a madrugada segue pelas calçadas de petit-pavé
me contando um pouco da sua história
enquanto eu como um pedaço de pizza e tomo um gole de vitamina de mamão...[rsrs].
E tudo acabou?!
Não sei. Amanhã é outro dia...
"Um poema é um mistério
cuja chave deve ser procurada pelo leitor" (Mallarmé)
Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 16/02/2012
Alterado em 16/04/2019