TRANSITORIEDADES
Em cada sussurro
em cada palavra, eu sou o tempo
que reluz.
Eu sei disso, porque ouço a risada
em cada canto.
Embora eu não saiba exatamente onde vai da a estrada,
mas é como uma religião - tenho que ir.
Em trôpegos passos, eu tenho que ir.
A música acelera meu coração
somos todos irmãos
e de mãos dadas - seguimos em fila.
Existem cabeças abaixadas
olhares perdidos
vozes sufocadas - mas as mãos estão seguras
dedos entrelaçados - pois vivemos a mesma fantasia.
Somos todos irmãos
na mesma religião
lendo a mesma poesia
esperando a hora de tirar dos olhos a dor
e do coração as mágoas
escrevendo juntos
o mesmo verso de uma só poesia.
imagem: Sebatião Salgado
Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 29/02/2012
Alterado em 01/03/2012