ORBÍCOLA
Sou esta agonia que corrói
Sou este silêncio que engana
Sou este olhar que não vê
Sou esta dor que suplanta
Sou esta fome calcinada
salgada/salobra boca escancarada.
Sou esta mão espalmada
sombra de aranha sobre o pão,
farinha môfa na sabanilha.
Sou um verso agridoce
um travo na garganta
um gole de fel/água santa
cicuta e vendaval.
Sou o avesso do hje
nas rimas de um poema inacabado.
Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 25/04/2012