EU TE AMO
Amo!
Amo como quem tem fome de viver
E se rebela ante o tempo
Que inexorável se adianta
Profanando o templo do amor.
Amo, mas, amo tanto
Que o peito não cabe em si e se
Expande na ansiedade
De tanto amar.
E amo mais a cada dia
Na breve euforia do amanhecer
E de saber que mesmo sozinha
Nunca estarei só – pois o teu amor
Me guia pelas alamedas, pelas vielas
Como se não houvesse o dia
E nem noite a nos separar,
No dobrar de cada esquina.
Amo, mas como amo e
O amor que sinto
Entrelaça-se à sua alma
Porque foi ali que meu peito
Já extenuado
Encontrou o abrigo
De um singelo beijo.
Ah, eu amo, e como amo esse amor
Que sobre a minha carne se
Encanta e se deita em cada verso
Deste poema desesperado.
Eu amo e por amor
Não deixarei que a tua a face
Num disfarce
Se ausente de mim. Não! Eu te seguirei
Os passos e ouvirei tua fala
Secarei tuas lagrimas com beijos meus.
E beijarei tua boca
Que em silêncio saberá que estou
Ao lado teu.
E assim amor meu, encostarei minha face
No peito teu, adormecendo enfim,
Porque te amo, e como amo o teu amor.