ONDE NASCE A POESIA?

 Recentemente alguém me fez essa pergunta. Estando eu, num grupo de amigos, fazia um comentário sobre o encontro com poetas recantistas aqui de Curitiba e naquele momento eu não tive uma resposta clara o suficiente para explicar que (para mim) a poesia não ‘nasce’ a poesia esta o tempo todo. É a essência daquilo que chamamos vida. Ela, a poesia esta em tudo. Nossos sentimentos nos revelam isso, precisamos apenas estar atentos ao chamado poético. Nossa atuação dentro da poesia é a nossa capacidade de ler e interpretar os sinais que se renovam o que para muitos, são imperceptíveis.
Essa luz que banha os nossos olhos é a mesma luz que acende as estrelas – ao que a ciência e a física explicam, a poesia junta à beleza. Isso aos olhos do poeta é o processo de maturação da poesia, ela esta pronta basta traduzir em palavras estruturando os versos.
A generosidade na leitura do ‘micro’ e do ‘macro’ ao nosso redor é a síntese da criação poética porque é exatamente a partir desse olhar que a ‘ebulição’ se processa e a poesia toma a forma com a qual será apresentada para leitura e avaliação. Já a aceitação da poesia é uma questão que requer entendimento por parte daquele que a traduziu de sua forma bruta para o formato poético. Muitas vezes após a criação de uma poesia, prosa, poema ou outros tantos formatos poéticos existentes não conseguimos atingir o leitor de maneira satisfatória, não que a nossa ‘formatação’ do momento poético não seja bom, talvez o que aconteça sejam somente leituras diferentes do mesmo ponto o que não gera um comentário, mas também não nos diminui dentro daquilo que conhecemos como poesia.
Cada um, a seu modo nesse processo evolutivo, saudável e bastante fecundo segue transcrevendo aquilo que a Natureza de Deus criou e cria diariamente não apenas para nossa satisfação e sim, para nosso processo evolutivo. Eu, um dia quero ser poeta!
 


* Álvaro Posselt, Vanice Zimerman, Conceição Gomes, Cristina Viana, Luciah Lopez, Christiano Nunes, Isabel Furini e Iza de Curitiba