Por que aqueles dias escondiam o êxtase de viver, como se fosse proibido ser feliz pelo simples motivo de estar viva?! Havia um penhasco e uma vontade incontrolável de transpor a distância entre suas alturas e uma pequena multidão a me observar num silêncio de algemas e grilhões. Mas o que fazer?! Meus pés recém nascidos eram acometidos de uma ânsia de caminhos e rapidamente perseguiam rastros de outros pés - tudo aceitável à beira do abismo. Minha boca seca havia de querer uma aliada à sua sede em sinal de protesto -, minha garganta queimando na imprecisão daquela água salobra engole a minha saliva adocicada e os meus ouvidos ouvem, mas a minha alma escuta a melodia do vento enquanto as minhas 'asas' são lentamente abertas - alguém grita: acabou a escuridão!