RELEITURA DO POEMA PERTO DO FIM/THIAGO DE MELLO (Intertexto)
Poema perto do fim
A morte é indolor.
O que dói nela é o nada
que a vida faz do amor.
Sopro a flauta encantada
E não dá nenhum som.
Levo uma pena leve
De não ter sido bom.
E no coração, neve.
(Thiago de Mello)
QUASE NO FIM...
Se não sentimos a mão fria da morte
Não há dor em morrer.
E o amor que sopra sua melodia
Em flauta doce
Veste de silêncio o som de cada lágrima.
De leve, bem de leve flana
Sem ser sentido, sem ter sentido
Deixando no coração
Apenas gélidos flocos de neve.