NOITE
Das feridas do céu
o sangue derramado gota a gota,
tinge minhas toalhas brancas, inaculadas,
enquanto os porcos tropeçam
em sua voracidade filosófica.
Os aviões, presos nos fios da teia
giram, giram sem parar
reluzindo sua carcaça corroída
indiferentes ao vômito
que escorre nos esgotos gratuítos...
Rios de chagas perpétuas
deslizando por entre flores brancas e amarelas
lambem com suas línguas toscas,
as vibrações que desvirginam a manhã
que nasce... enquanto nós,
ah, nós dormimos...
Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 26/12/2007
Alterado em 25/02/2008