JARDIM DE CATA-VENTOS
Quando a boca sopra um vento forte, Simum
Roda os meus cata-ventos.
Giram... Giram... giram...
Despem as cores cobertas de areia
Carregadas de sonhos nas asas de Zéphyrus...
Cores de cata-ventos
Todos os ventos
Levam meus sonhos
Enquanto bordo seu nome em letras azuis
Nas horas do dia...
E neste jardim de cata-ventos
Meus dias giram em torno de mim
Assoviando, assoprando meus cabelos ao vento Pampeiro...
Se acaso minha tristeza se faz lágrimas
Os cata-ventos giram e giram mais rápido
Na força do Minuano lambem minhas lágrimas
E numa carícia do Levante,
Confessam-me o seu amor...
E quando a noite vem sem você,
Os cata-ventos recolhem-se no silencio
E adormecem
Calados, fechados nos meus sonhos...*