NO FIO DA LAMINA
Um eteno querer faz brilhar o gume
Do fio da lamina.
Aço escovado, polido riscado em esmeril.
Até à hora do corte
Doce e suave carícia.
No talho que atalha o sangue
E esgueira a vida,
Um viés de dor.
Sangra a sanga
Sangria de sangue santo,
Boca que cala e cospe
Engole e regurgita .
Na hora da morte
Um silêncio aflito
Esconde-se por debaixo dos panos
E verte em prantos
Lágrimas de fel.
Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 14/02/2008
Alterado em 14/02/2008