PROCURO-ME
Me olhas com teus olhos de sombras
Nesta noite de fria lua
Quando ninguém mais diz meu nome, por quê?!...
Fui um sonho. Onde eu mesma
Chamei por mim durante as noites
E não havia nada além do silencio
E das tempestades que açoitavam as janelas
Destruindo as palavras escritas no vidro.
Agora é proibido sonhar.
Não sei onde estou. Não sei onde me cortei...
Só vejo meu sangue escorrendo e angustia doce
E silenciosa que chegou com a aurora.
Tudo virou pó.
No deserto as palavras escritas em pó de ouro
Tornaram-se palavras de areia
Aprisionadas em gotas vermelhas
Do vidro derretido
Perpetuando a minha figura ausente
Na lamina fina e quebradiça
Desta solidão feita de vidro.
Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 05/04/2008
Alterado em 14/08/2009