ADORMECER ENTRE TANTOS AIS
É tarde para soprar as cinzas
De tudo aquilo que é cantado
Deixando as sílabas pelo caminho
Ouvindo respostas das coisas que vão acontecer.
Assustam-me tantos ais
Diante do perigo dos meus olhos cegos
Que procuram as minhas asas de borboleta
Que escondo dos teus afagos
Enquanto me banhas nesta incontrolável poesia,
Desatino das nossas veias.
Minhas mãos te percorrem
Tato, olfato e paladar,
Sabendo que o teu sorriso de ontem
Espraiava luz na sombra da minha estátua
Agora quebrada
Espalhada em cacos de palavras e vogais
Onde os sonhos não tem mais dor
Abro minha vida
E te dou o aconchego do meu amor.
Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 07/05/2008
Alterado em 14/08/2009